Como orienta o especialista Alex Nabuco dos Santos, este é o momento de transformar ESG em vantagem competitiva mensurável no mercado imobiliário. Se o seu objetivo é acessar capital mais barato, reduzir riscos operacionais e elevar a atratividade dos ativos perante locatários e investidores, siga adiante. Você verá como estruturar políticas, processos e indicadores que integram meio ambiente, social e governança ao coração do negócio, do landbank ao pós-chaves, com clareza, disciplina e resultados auditáveis.
Ambiental em números: Eficiência, emissões e ciclo de vida
O “E” exige métricas confiáveis por ativo. Inventários de emissões (escopos 1, 2 e, quando cabível, 3), consumo específico de energia e água por metro quadrado, fator de potência, taxa de desvio de resíduos de aterro e qualidade do ar interior são indicadores mínimos. Conforme explica o especialista Alex Nabuco dos Santos, a partir de telemetria (BMS + IoT), o gestor define metas anuais, registra linha de base e implementa medidas de alto impacto: iluminação dimerizável, variadores de frequência em bombas, reuso de água, cobertura fotovoltaica e comissionamento contínuo. Dados auditáveis convertem discurso ambiental em performance econômica: OPEX menor, conforto maior e valuation superior.
Social que gera confiança: Segurança, acessibilidade e ecossistema
A dimensão “S” se materializa na experiência do usuário e no vínculo com o entorno. Treinamento de equipes, protocolos de saúde e segurança, acessibilidade universal, iluminação de áreas comuns, comunicação clara em emergências e canais de escuta estruturados elevam a percepção de cuidado. De acordo com o empresário Alex Nabuco dos Santos, iniciativas sociais eficazes começam pelo mapa de stakeholders: moradores,
Governança como base: Transparência, controles e tomada de decisão
A letra “G” sustenta o restante da agenda. Conselhos atuantes, políticas anticorrupção, segregação de funções, matrizes de risco e trilhas de auditoria formam a espinha dorsal. Como pontua o empresário Alex Nabuco dos Santos, o setor que documenta premissas, padroniza cadastros e estabelece alçadas de decisão reduz assimetria de informação e economiza capital ao inspirar confiança regulatória e financeira. Em termos práticos, comitês de investimento e de riscos, pautas com indicadores objetivos e relatórios alinhados a frameworks reconhecidos criam previsibilidade e evitam decisões casuísticas.
Lojistas, prestadores, vizinhança e poder público. Projetos de empregabilidade local, compras responsáveis, apoio a mobilidade ativa e programação cultural em áreas comuns reforçam pertencimento e diminuem conflitos, o que reduz vacância e aumenta permanência.

Integração ao P&L: ESG como estratégia, não como custo
Sob outra perspectiva, a agenda ESG cria valor quando nasce do core do negócio. Priorizar eficiência energética reduz despesas recorrentes; qualificar o relacionamento com comunidades diminui litígios; fortalecer governança baixa o custo do capital. O plano deve associar cada iniciativa a um indicador econômico: payback, TIR do retrofit verde, redução de called tickets no pós-chaves, prêmio de aluguel por conforto ambiental e alongamento de contratos por satisfação do usuário. Assim, conselhos e investidores enxergam o ESG como alavanca de geração de caixa, não como item de marketing.
Compliance e LGPD: Dados protegidos, reputação preservada
Não obstante os ganhos operacionais, a consolidação da governança depende de conformidade. Políticas de privacidade, minimização de dados pessoais, gestão de consentimentos e controles de acesso são condições para operar com serenidade. Auditorias periódicas, gestão de incidentes e incident response plan fechado com fornecedores evitam vazamentos, multas e danos de imagem. Adicionalmente, cláusulas contratuais específicas com vendors de tecnologia e monitoramento de terceiros compõem a primeira linha de defesa contra riscos cibernéticos.
Certificações e padrões: Quando e por que buscar?
Em harmonia com tendências globais, certificações como LEED, BREEAM, EDGE ou WELL são instrumentos de validação externa, não um fim em si mesmas. A escolha deve refletir vocação do ativo (corporativo, residencial, logístico) e ambição de desempenho. Do ponto de vista do especialista Alex Nabuco dos Santos, a decisão madura considera custo de implementação, benefícios tangíveis (economias de OPEX, liquidez, prêmio de aluguel) e aderência a metas internas. Em paralelo, relatórios de sustentabilidade seguindo GRI/SASB e, quando aplicável, recomendações da TCFD alinham a comunicação às expectativas de financiadores e rating agencies.
Indicadores que importam: Do ativo ao portfólio
Para além do discurso, alguns KPIs compõem o painel mínimo: consumo específico (kWh/m²/ano), água (L/m²/mês), desvio de resíduos (%) e emissões (tCO₂e/ano); segurança (taxa de incidentes, tempo de resposta), acessibilidade (itens conformes), satisfação (NPS e taxa de chamados por unidade) e governança (cumprimento de políticas, treinamentos, auditorias concluídas). Séries históricas, metas progressivas e comparabilidade entre ativos permitem demonstrar evolução real e sustentar o diálogo com investidores.
Autor: Mapito Brynne

