Conforme comenta o Dr. Ailthon Luiz Takishima, as redes sociais têm transformado a maneira como as pessoas consomem informações, constroem percepções e, até mesmo, tomam decisões importantes. E no campo da cirurgia plástica, essa influência é ainda mais evidente. Pois, entre selfies editadas e filtros que alteram traços faciais, as plataformas digitais desempenham um papel relevante na formação de expectativas sobre padrões estéticos.
Essa relação, porém, vai além da simples inspiração. Já que ela levanta questões sobre saúde mental, expectativas irreais e o impacto de referências idealizadas na autoestima das pessoas. Com isso em mente, ao longo desta leitura, vamos explorar como as redes sociais moldam as expectativas dos pacientes em relação à cirurgia plástica.
Como as redes sociais influenciam as expectativas dos pacientes?
As redes sociais têm um poder enorme de influência, especialmente quando se trata de imagens e conteúdos que exaltam padrões de beleza específicos. Através de plataformas como Instagram e TikTok, muitas pessoas entram em contato com imagens altamente editadas que mostram corpos e rostos “perfeitos”. Essa exposição frequente pode criar uma visão irrealista de como a beleza deve ser. O problema é que, muitas vezes, essas imagens passam por filtros e edições que mascaram imperfeições naturais, levando os usuários a desejar algo que, na prática, é inatingível.
Outro ponto importante é o papel dos influenciadores digitais. Muitos deles compartilham suas experiências com cirurgias plásticas, frequentemente exibindo resultados “impecáveis” e omitindo os desafios do pós-operatório ou possíveis complicações. De acordo com o cirurgião plástico Ailthon Luiz Takishima, isso pode levar os seguidores a desenvolverem expectativas distorcidas.
Além disso, o uso de termos como “transformação perfeita” e “antes e depois” tende a simplificar um processo que, na realidade, é complexo. Dessa forma, para os cirurgiões, essa influência pode representar um desafio, pois pacientes chegam aos consultórios com ideias baseadas em uma realidade digital que não corresponde ao mundo real.
Os impactos emocionais dessa influência digital
Quando as redes sociais criam expectativas irreais, os impactos na saúde mental dos pacientes podem ser profundos. Muitas pessoas começam a comparar suas aparências com as de influenciadores e celebridades, gerando sentimentos de inadequação ou insatisfação. Essa comparação constante pode alimentar inseguranças e, em casos extremos, levar a transtornos como dismorfia corporal. Esse transtorno faz com que a pessoa tenha uma percepção distorcida de si mesma, acreditando que pequenas imperfeições são muito maiores do que realmente são.
Ademais, como frisa Ailthon Luiz Takishima, essa busca incessante por uma imagem idealizada pode gerar ansiedade e depressão, principalmente quando os resultados das cirurgias não atendem às expectativas geradas pelas redes sociais. A pressão para alcançar o “padrão perfeito” muitas vezes ignora o fato de que a beleza é subjetiva e que cada corpo tem suas próprias características únicas.
Como os profissionais da saúde podem ajudar a gerenciar essas expectativas?
Os cirurgiões plásticos têm um papel fundamental na educação dos pacientes e no gerenciamento das expectativas criadas pelas redes sociais. Segundo o médico Ailthon Luiz Takishima, uma abordagem honesta e transparente durante as consultas é essencial para desconstruir ideias erradas trazidas pelas plataformas digitais. Isso inclui explicar que cada procedimento tem limitações e que os resultados podem variar de acordo com fatores como genética, idade e estilo de vida do paciente.
Inclusive, é importante que os profissionais se posicionem como aliados na construção de uma autoestima saudável. Pois, em vez de simplesmente atender às demandas baseadas em imagens idealizadas, eles devem incentivar uma reflexão sobre os reais motivos para buscar a cirurgia plástica. Muitos pacientes podem se beneficiar de uma conversa que valorize a aceitação pessoal e o equilíbrio emocional antes de realizar qualquer procedimento. Portanto, o trabalho do cirurgião vai além do bisturi, tornando-se uma ponte para decisões mais conscientes e responsáveis.
A necessidade de um olhar crítico sobre a influência digital
Em suma, nota-se que as redes sociais moldaram profundamente a maneira como a cirurgia plástica é vista e desejada. Todavia, é essencial que os pacientes compreendam os limites entre o real e o idealizado, cultivando uma relação saudável com sua aparência. Da mesma forma, cabe aos profissionais da área desmistificar os padrões promovidos pelas plataformas digitais e oferecer uma orientação realista e empática. Pois, somente assim será possível equilibrar o desejo de transformação com a valorização da individualidade e da saúde emocional.
Gostaria de saber mais sobre o tema? Para conferir mais informações, não deixe de acompanhar as redes sociais do Dr. Ailthon Luiz Takishima:
Instagram: @dr.ailthon e @sensoryall
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