Nos últimos anos, a transformação digital chegou com força total ao setor imobiliário, impulsionada pelas chamadas proptechs — startups especializadas em tecnologia para o mercado de imóveis. Segundo Fernando Bruno Crestani, especialista em inovação e novos modelos de negócio, essas empresas vêm rompendo padrões tradicionais ao oferecer soluções mais ágeis, acessíveis e personalizadas para consumidores e incorporadoras.
O que são as proptechs e por que elas estão crescendo?
Proptech é a junção de “property” (propriedade) e “technology” (tecnologia). Essas startups surgem com o propósito de solucionar gargalos do mercado imobiliário, que historicamente sofre com processos burocráticos, informações descentralizadas e baixa digitalização.
De acordo com Fernando Bruno Crestani, o crescimento das proptechs reflete uma mudança de comportamento do consumidor, que passou a esperar experiências digitais completas, além de mais transparência, comodidade e velocidade nas transações. Ao mesmo tempo, incorporadoras e corretores veem nessas startups oportunidades para modernizar operações, reduzir custos e ampliar sua presença no mercado.
Inovações que estão mudando a lógica do mercado imobiliário
As proptechs atuam em diversas frentes e já estão promovendo transformações significativas. Entre os principais eixos de inovação, destacam-se:
Digitalização de processos de compra, venda e locação
Plataformas que conectam compradores e vendedores, com assinatura eletrônica de contratos, visitas virtuais, análise de crédito em tempo real e validação de documentos automatizada, estão tornando as transações mais rápidas e seguras. Conforme frisa Fernando Bruno Crestani, esse modelo reduz drasticamente o tempo médio para fechamento de negócios e melhora a experiência para todas as partes envolvidas.
Gestão inteligente de imóveis e condomínios
Outras startups atuam na administração de propriedades, oferecendo soluções em nuvem para controle de aluguéis, emissão de boletos, atendimento ao inquilino e manutenção preventiva. Há também sistemas completos para gestão condominial, que incluem assembleias virtuais, controle de acesso digital e aplicativos de comunicação entre moradores.

Inteligência de dados para avaliação e prospecção
Ferramentas baseadas em big data e inteligência artificial estão sendo aplicadas para estimar valores de mercado com maior precisão, identificar regiões com alto potencial de valorização e entender o comportamento de consumo dos compradores. Assim como aponta Fernando Bruno Crestani, essa inteligência preditiva torna os investimentos mais assertivos e embasa melhor as decisões de desenvolvimento imobiliário.
Modelos disruptivos de moradia
Além das tecnologias operacionais, muitas proptechs também estão reinventando o próprio conceito de moradia. Exemplos incluem plataformas de co-living, locação por assinatura, compra fracionada de imóveis e moradias temporárias para nômades digitais. São propostas que refletem novos estilos de vida e tornam o acesso ao imóvel mais flexível e inclusivo.
Impactos diretos no ecossistema do setor
O surgimento das proptechs não apenas modernizou o setor imobiliário, mas também estimulou uma cultura de colaboração e integração entre empresas. Hoje, grandes incorporadoras têm buscado parcerias com startups para acelerar sua transformação digital. Segundo Fernando Bruno Crestani, essas colaborações vêm resultando em modelos de negócios mais resilientes, escaláveis e conectados às demandas reais do mercado.
Além disso, as proptechs estão atraindo forte interesse de investidores e fundos de venture capital, o que tem impulsionado sua expansão e fomentado um ambiente de inovação contínua no setor.
Inovação como motor de competitividade
As startups imobiliárias estão revolucionando o mercado ao quebrar paradigmas, digitalizar processos e colocar o consumidor no centro das decisões. Mais do que modismos, as soluções das proptechs representam uma nova forma de enxergar o setor: orientada por dados, eficiência e experiência.
Para Fernando Bruno Crestani, empresas que souberem se integrar a esse ecossistema e absorver suas inovações estarão à frente na corrida pela competitividade e relevância no futuro do mercado imobiliário. Afinal, a tecnologia deixou de ser um diferencial — passou a ser um pré-requisito.
Autor: Mapito Brynne